Contracorrente – muita água, pouco açúcar

Fui ao cinema ver Contracorrente (Javier Fuentes-León) com uma boa dose de receios. Afinal, uma coleguinha tinha visto antes de mim e chegou na redação dizendo que o filme era uma bela de uma porcaria. De qualquer forma, quando assisti tentei não me sentir influenciado pelo comentário da coleguinha.

Contracorrente

Contracorrente: trama rasa e passagens cômicas (Foto: Divulgação)

O filme é uma produção conjunta França-Alemanha-Peru-Colômbia. Ele narra a história de Miguel, um pescador de uma cidade pequena, que é casado e se divide entre o casamento e o romance com um artista plástico, Santiago. Este morre no mar e, para sua alma descansar em paz, Miguel tem que achar o cadáver e realizar um funeral. Enquanto isso, o espírito de Santiago fica perturbando Miguel e seu casamento.

Não posso dizer que amei o filme do fundo do meu coração; mas também não o odiei, como a coleguinha. Há outros filmes com a temática homossexual que são bem mais fortes e com roteiros bem mais elaborados – como C.R.A.Z.Y. (Jean-Marc Vallée, 2005) e Filhote ( Miguel Albaladejo, 2004). Mas isso não tira o mérito de Contracorrente. O filme tem boas atuações e a fotografia é excepcional.

Confira o trailer!

Vulgarmente falando, é uma mistura de Dona Flor e seus Dois Maridos (Bruno Barreto, 1976) com Vicky, Cristina, Barcelona (Woody Allen, 2008), temperada com a temática GLS. Algumas cenas são cômicas, outras são um pouco mais emocionantes. Por tudo isso, vale a pena sair de casa para assistir – mas não espere nada de extraordinário, porque, de fato, este não é exatamente um filme que se pode chamar de marcante.

Sobre Danilo Motta

Sou jornalista das editorias Digital & Tal e Mídias Sociais do jornal O Dia e mestrado em Literatura Brasileira pela UFF. Nas horas vagas, saio, bebo, me divirto e sento na frente do PC para contar a para todos o que há de bom na cidade. No Twitter: @diretodaredacao.
Esta entrada foi publicada em Cinema com as etiquetas , , . ligação permanente.

4 respostas a Contracorrente – muita água, pouco açúcar

  1. Fabricio diz:

    O filme é beeem “marromenozinho”… As cenas de praia são bonitas, a fotografia caprichada, mas é lento até dizer chega. Podia ter uns 15 ou 20 minutos menos que não se perderia nada de substancial.

    Engraçado que é o 2º filme peruano com temática GLS que vejo (o outro foi “No se lo digas a nadie”) e em que as personagens têm essa história de vida dupla, casadas que são também com alguém do sexo oposto. Pelo visto, é assunto que cala fundo no Peru.

  2. Confesso que não gostei do filme. Acho que a temática gay funcionou como um apelo para atrair público. Tem quem consiga compará-lo ainda com O Segredo de Brockback. Enfim. Minha nota foi 5. E ainda está muito alta. Prefiro filmes com Pecados da Carne.

Deixe um comentário